sexta-feira, dezembro 29, 2006

 

problemas


Sigo com alguns problemas estranhos no blog, de espaçaamento, além do que o Ed descobriu, que pelo Firefox ele simplesmente inexiste. Não sei como resolver isso, e peço ajuda para alguém que saiba. Fiz algumas mudanças, vamos ver no que dá.
 

OZ - Primeira temporada


O que é mais curioso de se mergulhar em universos de séries que não mais estejam produzindo episódios, é justamente a oportunidade de ver como funcionam seus mecanismos, como foram ganhando forma, o que eventuais mudanças causadas por coisas exteriores (saída de um roteirista ou ator) podem causar nela. Gosto disso em especial quando se têm uma relação longa com o material. Isso não casa com o meu relacionamento com Oz . Havia visto pouca coisa, quase nada, nos tempos de SBT. Sempre li coisas interessantes a respeito, elogios ou não, mas a idéia de ver uma série na TV aberta sempre foi ruim. Com os dois textos escritos pelo Bruno Amato no Negativo Queimado, lá por agosto/setembro, o interesse bateu.

Assim, esse mergulho ocorre de uma forma diferente aqui - em vez de me basear em minhas memórias, a imagem que eu tinha em mente era formada pelo que o Bruno dizia. A primeira coisa que me saltou a vista foi o quanto seus episódios (poucos por temporada, mas com uma hora de duração) são pesados, sua estrutura é ultra fragmentada, são muitas histórias e personagens, todos e tudo são ambigüos, logo é um material que requer atenção total. Meu normal em assistir séries, especialmente em DVD, mas baixado também, é assistir uma paulada de episódios de uma vez. Com Oz, nunca consegui fazer isso. Perco tempo vendo, mesmo sendo poucos episódios. Demorei quase um mês pra fechar a primeira temporada, com apenas 8 epísódios (8 horas). São episódios carregados de informação, é difícil vê-los sem se dar um tempo para processar. São muitos personagens, todos com interesse.



Queria destacar alguns personagens que estão entre o que há de melhor na TV, e que ainda assim ficaram pela primeira temporada. Oz não poupa, Tom Fontana (criador e roteirista de todos os episódios até aqui) tem uma confiança incrível de que continuará conseguindo criar figuras tão fortes quanto as que lá já estão. Todo episódio de Oz tem alguma(s) morte pelo caminho, mas alguns tem importância apenas pela escala em que causam na funcionalidade local. A série é centrada em Emerald City, uma divisão interna do presídio, que busca uma relação mais confortável - é como uma prisão de luxo, mas com segurança máxima. Há pelo menos dois personagens geniais que tem um bocado de espaço na temporada, são protagonistas de diversas historietas, mas que fazem a opção por morrer. O primeiro, Jefferson Keane, era o líder de uma das diversas alas de Em City, e que acaba sendo um dos centros do banho de sangue que se inicia a partir do primeiro episódio, onde uma ala começa a matar membros da outra acreditando que a primeira lhe causou uma queda. São inúmeras mortes, algumas pesadíssimas. No curto tempo que a série lhe têm em cena, ele vai de um líder violento, pago pra matar, para um homem apaixonado, que quer dar a chance para sua mulher se casar, e que encontra já quase no fim seu espaço entre os fervorosos religiosos. Keane encontra sua paz quando descobre que sua morte (ele é condenado depois de uma das milhares mortes acontecem) poderia selar o fim daquela matança, já que morto pela justiça (mesmo que no caso tenha apenas se defendido, logo poderia apelar), não haveria ninguém para se vingar.

O outro personagem que se encaixa em situação parecida é Donald Groves, uma figura aparentemente inofensiva, calada, sempre transitado entre os que não fazem parte propriamente de um grupo, marginalizados. Groves é um devorador de gente, comeu a mãe, tem um episódio clássico onde o dentista do presídio tem que tratar um dente estragado de Groves e não consegue toca-lo pq aqueles eram dentes que haviam mastigado carne humana. Era um personagem que ia além desse contraste da figura pacífica que come gente, sempre tinha algumas colocações interessantes, e que fascinado e convencido pelas palavras que Kareem Said proferia a respeito do tratamento que o diretor Glynn dava aos presos, resolve um dia que iria comê-lo. Groves acaba indo parar no corredor da morte quando mata um dos guardas na tentativa de conseguir finalizar sua missão. Groves escolhe como deve morrer: metralhado pelo batalhão.

E isso é só alguns dos personagens com muito espaço que não sobrevivem a primeira temporada. Pra ficar num exemplo curto e direto, o piloto, talvez o mais concentrado em um personagem de toda a série, é centrado em Dino Ortolani, que morre no final do episódio. É o começo da matança que irá ser o mais perto de uma trama na primeira temporada. E pode-se dizer que toda ela é causada pela chegada de Ryan O'Reilly, o mais fascinante dos personagens de Oz, o catalisador, a figura que chega a Em City no primeiro episódio e com suas tramas e lábia vira tudo de cabeça pra baixo.

A intenção aqui era falar apenas da primeira temporada, mas já que o começo da segunda (os três primeiros episódios, especificamente) já foi visto, não custa mencionar que a série vai ficando mais radical, menos centrada, com as interjeições cada vez mais insanas, enfim: é experimentalismo puro e extremo. Mais em breve.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

 
É isso aí­, pronto, funcionando, com a mesma cara de sempre, etc. Algumas diferenças aqui e ali, mas a mesma coisa de sempre. Quem sabe então venham textos.

Prometo pra logo o que já vinha prometido do Free as a Weird, os comentários sobre a primeira temporada de Oz.

Listinhas de fim de ano bombando, logo teremos uma por aqui. E correr atrás dos que foram perdidos por razões quaisquer. A volta do lendário filmes do mês (é um mistério quem seria o verdadeiro inventor dela, eu sei que eu segui a moda logo que ela começou) logo mais também.

E claro: fecho um blog com alto estilo e abro outro em mesma moeda. Tio Clint.

terça-feira, dezembro 19, 2006

 

teste


Um, dois,...