segunda-feira, janeiro 01, 2007

 

2006 já era


2006 foi um ano misterioso em termos de cinema. A grande maioria das pessoas tem aclamado como um do melhores deste século em termos de estréias. É verdade que tivemos alguns marcos importantes em nosso circuito: Garrel chegando ao Brasil, Manoel estreiando com um filme menos popular, e nem precisou ser pelo Cakoff. Imovision se firmando em termos de lançar os franceses, e chegando ao Rio agora, o que quando ocorria, era com considerável atraso.

Tudo isso é muito legal e marcante. O Garrel principalmente, mas ele não sairia sem a Imovision, então no fundo é um pacote só. Mas eu não consigo ver o ano como realmente relevante em termos de quantidade de estréias. Nunca contei nos dedos de uma mão os filmes que eu tenho certeza que teriam de estar no meu top 10, e olha que nem foi a mão inteira, hehe. A listinha da Contracampo ainda ganhará reforço, pois Familia Rodante e Reis e Rainha só entraram no Rio este ano - Desplechin disputa vagas finais, não sei se entra (não fiz a lista ainda). É dureza. Além da escassez dos filmassos, houveram também as decepções em larga escala com filmes aguardados de alguns cineastas prediletivos, como Os Infiltrados, O Labirinto do Fauno, Fast Food Nation (tá certo, não é circuito, mas a decepção é de 2006), Sabor da Melancia (OK, esse é o contrário, visto em 2005, e é sacanegem já que Tsai já deu sua resposta em alto estilo).

Não acho um ano ruim. Nenhum ano de Amantes Constantes pode ser ruim. Mas como eu disse no Free as a Weird, na época que vi o filme, nem somando todos os outros filmes do ano a gente tem um Amantes Constantes. É um elogio ao filme, mais do que uma critica aos outros. Mas em temporada de listinhas, dá vontade de dizer o contrário.

Feliz 2007 pra todo mundo






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