quarta-feira, janeiro 03, 2007

 

Vôo 93


Taí­ algo que eu nunca imaginei que fosse acontecer: gostar de um filme do Paul Greengrass. Não adorei nem nada, mas me parece que ele finalmente encontrou nesse filme uma solução pro estilo que criou pra si. Pq o treme treme do Greengrass não é nem nunca foi de ser feito na mão, é artificial mesmo. Acho que nesse filme ele finalmente articulou esse estilo em algum tipo de mise-en-scene, deu algum sentido a ele. Em alguns momentos segue ainda sendo francamente irritante, mas nos melhores ele finalmente faz dele um razão de ser no filme. Gosto também de como o filme lida com tantos mitos em torno do que ele encenaria, é um filme bastante inteligente do ponto de vista histórico, apesar de em um momento ou outro escorregar pra um sentimentalismo que trava o filme em um de seus momentos mais importantes. O que impede ele de ser realmente muito bom é que no climax do filme, o cara confunde o crescimento da tensão com um encadeamento de planos onde não existe qualquer sentido espacial, um tremendo desperdicio daquele espaço claustrofóbico.




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