quinta-feira, junho 28, 2007
Copa América, dia 2
O Dunga como técnico não é de se jogar fora. Afinal, foi jogado na fogueira, pra remontar um time e tudo mais, e no minímo corajoso ele é. O time que ele pôs pra jogar pode não ser o ideal, mas é o que parecia mais lógico dentro do trabalho dele, tirando a entrada do Doni. Fazia um tempo que não via a seleção tão bem quanto no princípio de jogo. Mas o bandeira errou, e o México foi muito mais eficiente, dois belos gols. Aí o time morreu em campo. E Dunga não teve medo de mexer, trocou todo o esquema, arriscou. Não foi suficiente, alias, não foi nada suficiente. Goleiro fazendo ótimas defesas, zagueiros tirando a bola na linha... Isso tem um pouco de sorte, mas também é posicionamento, defesa. O que não se pode acusar esta equipe foi de desleixo. Os jogadores e Dunga dizem que só não fizeram porque o goleiro foi demais, e por aí vai. Mas e o México? Doni salvou uma grande chance, tão grande quanto qualquer defesa do goleiro mexicano. E em mais duas oportunidades, eles perderam chances incríveis, a primeira quando Castillo quis fazer golaço indo sozinho sem abrir para um companheiro livre pra rolar pro gol em posição legal, e se aproveitando outra vez da defesa avançada, o cara perdeu o golaço mais feito de todos os tempos, driblando o Doni e com espaço de sobra rolando pra fora.
O Dunga pode não ser o cara certo, mas já que lhe colocaram ali, ele tá tentando. Esforçado ele é. Medonho é seu relacionamento com a imprensa em geral, de quem guarda rancores desde a Copa de 90, onde fora massacrado por ela. Dunga não tem limite para perturbar os jornalistas, enganou eles dando a entender que jogava com os goleiros invertidos nos treinos, na cara dura. Até 5min antes, a escalação oficial já marcava o nome de Helton como o titular o que mudou apenas na preleção final. Na coletiva, Dunga parecia se divertir ao apontar que eles (os jornalistas) não tinham realizado seu trabalho direito.
A defesa do Chile é uma peneira e o Brasil tem condições de golear até se estiver numa boa tarde. O time deles é no máximo esforçado, e ainda não sabe lidar muito bem com o talento de Mark Gonzalez. O Suazo pode formar ótima dupla com Valdivia, um finalizando os belos passes do outro, mas pra isso precisam se entrosar mais, para isso vem aí as eliminatórias.
O Equador é outro nível, vários jogadores bons, estilo muito diferente. Perdeu porque não soube administrar o placar, achou que golearia, e terminou levando um golpe fatal. Quando digo outro nível, é porque eram vários jogadores fazendo tabelas, criando. Eles não tem figuras que sejam os caras, como tem o Chile, Peru e até o Uruguai. Mas nessa história, os dois melhores times do grupo perderam. Alguma coisa isso deve significar.
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O Dunga pode não ser o cara certo, mas já que lhe colocaram ali, ele tá tentando. Esforçado ele é. Medonho é seu relacionamento com a imprensa em geral, de quem guarda rancores desde a Copa de 90, onde fora massacrado por ela. Dunga não tem limite para perturbar os jornalistas, enganou eles dando a entender que jogava com os goleiros invertidos nos treinos, na cara dura. Até 5min antes, a escalação oficial já marcava o nome de Helton como o titular o que mudou apenas na preleção final. Na coletiva, Dunga parecia se divertir ao apontar que eles (os jornalistas) não tinham realizado seu trabalho direito.
A defesa do Chile é uma peneira e o Brasil tem condições de golear até se estiver numa boa tarde. O time deles é no máximo esforçado, e ainda não sabe lidar muito bem com o talento de Mark Gonzalez. O Suazo pode formar ótima dupla com Valdivia, um finalizando os belos passes do outro, mas pra isso precisam se entrosar mais, para isso vem aí as eliminatórias.
O Equador é outro nível, vários jogadores bons, estilo muito diferente. Perdeu porque não soube administrar o placar, achou que golearia, e terminou levando um golpe fatal. Quando digo outro nível, é porque eram vários jogadores fazendo tabelas, criando. Eles não tem figuras que sejam os caras, como tem o Chile, Peru e até o Uruguai. Mas nessa história, os dois melhores times do grupo perderam. Alguma coisa isso deve significar.
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Marcadores: Brasil, Chile, Copa América, Equador, México
quarta-feira, junho 27, 2007
Copa América, dia 1
Ontem acompanhei a primeira partida da Copa América, após dias de treinos modorrentos da seleção. Não se pode esperar muito de um coletivo desses, mas foi abaixo do esperado o último realizado por Dunga e sua comissão. O time reserva foi mais efetivo, um pouco por seus jogadores terem mais necessidade de aparecer (um velho ditado bem questionável), tocou melhor a bola, mas não foi nada de demais. Segundo alguém da SporTV, Dunga tem pedido para Diego e Elano baterem as faltas, fiquei com a impressão de que Alex será o melhor batedor para faltas de frente ao gol. Ele segue sendo ótimo na paulada (Naldo também é), mas evoluiu bastante na direção. Diego e Elano pegam bem, mas raramente surpreendem.
Acho que o Dunga escalará o time assim:
Num 4-2-3-1. Os últimos amistosos foram assim, com Robinho vindo tabelar com os meias. A aposta na trinca do Santos pode dar certo, como pode dar errado. É uma aposta e só vendo teremos idéia. Robinho pode ser a estrela, mas o jogador chave será Diego. Eu aposto nele, e Dunga está certo em apostar também. Se jogar como no Werder não estará longe daquilo que Káka e Gaúcho são capazes.
Eu tentaria esse esquema:
Daniel Alves é craque, coisa rara. Mas pra isso precisa jogar na posição certa, como no Sevilla. Dani joga muito como lateral mesmo por lá, mas com três zagueiros do lado, e com liberdade pra fazer o que der na telha. Não seria louco de sugerir montar a seleção em torno dele, mas lhe deixar como jogador defesa mesmo é um erro grave. Gilberto também é meia no Hertha, já saiu do Brasil meia. Mas é bem mais capaz de defender, por isso o esquema onde ele possa voltar e fechar uma linha de quatro com os zagueiros. Esse tipo de esquema exige muito treino e ainda assim poderia dar errado, mas na teoria me parece o ideal. Elano tem o trunfo da regularidade. Não vejo como um erro do Dunga, só lhe sacrificaria pelo Daniel. Quem treina todo dia é o Dunga, e ele deve ter suas razões para achar o Vágner Love melhor. Mas eu fico com o Fred, má fase ou não, lesões - talento por talento, não vejo dúvida de quem tem mais.
Uruguai mostrou um futebol mediocre, sem qualquer meio-de-campo. Recoba faz uma tremenda falta, os atacantes tinha de voltar pra buscar jogo... Nada dava certo. O Peru não foi um estouro em termos de talento, mas foi um estouro em comparação com o Uruguai. A trinca Farfan-Pizarro-Guerrero foi sem dúvida muito bem com eventuais colaborações de outros jogadores. O melhor do Uruguai foi um cerot Cristian Rodriguez, que entrou no segundo tempo e na base do empurrão tentou pôr o time no jogo. Venezuela e Bolívia não vi, fugindo do jejum de 10h sem tomar sequer água que um exame me exijia...____________________________________________________
Acho que o Dunga escalará o time assim:
Num 4-2-3-1. Os últimos amistosos foram assim, com Robinho vindo tabelar com os meias. A aposta na trinca do Santos pode dar certo, como pode dar errado. É uma aposta e só vendo teremos idéia. Robinho pode ser a estrela, mas o jogador chave será Diego. Eu aposto nele, e Dunga está certo em apostar também. Se jogar como no Werder não estará longe daquilo que Káka e Gaúcho são capazes.
Eu tentaria esse esquema:
Daniel Alves é craque, coisa rara. Mas pra isso precisa jogar na posição certa, como no Sevilla. Dani joga muito como lateral mesmo por lá, mas com três zagueiros do lado, e com liberdade pra fazer o que der na telha. Não seria louco de sugerir montar a seleção em torno dele, mas lhe deixar como jogador defesa mesmo é um erro grave. Gilberto também é meia no Hertha, já saiu do Brasil meia. Mas é bem mais capaz de defender, por isso o esquema onde ele possa voltar e fechar uma linha de quatro com os zagueiros. Esse tipo de esquema exige muito treino e ainda assim poderia dar errado, mas na teoria me parece o ideal. Elano tem o trunfo da regularidade. Não vejo como um erro do Dunga, só lhe sacrificaria pelo Daniel. Quem treina todo dia é o Dunga, e ele deve ter suas razões para achar o Vágner Love melhor. Mas eu fico com o Fred, má fase ou não, lesões - talento por talento, não vejo dúvida de quem tem mais.
Uruguai mostrou um futebol mediocre, sem qualquer meio-de-campo. Recoba faz uma tremenda falta, os atacantes tinha de voltar pra buscar jogo... Nada dava certo. O Peru não foi um estouro em termos de talento, mas foi um estouro em comparação com o Uruguai. A trinca Farfan-Pizarro-Guerrero foi sem dúvida muito bem com eventuais colaborações de outros jogadores. O melhor do Uruguai foi um cerot Cristian Rodriguez, que entrou no segundo tempo e na base do empurrão tentou pôr o time no jogo. Venezuela e Bolívia não vi, fugindo do jejum de 10h sem tomar sequer água que um exame me exijia...____________________________________________________
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sexta-feira, junho 22, 2007
Copa América
Cobertura vem aí. Tomara que role ao estilo ano passado, bolão e tudo. Enquanto o Dunga diz que Maicon e Vágner Love são titulares, a Argentina vem aí com Riquelme, Messi, Tevez e Crespo de uma só vez.
Fora Muricy já foi dito por aqui até durante o Brasileirão do ano passado, mas hoje ele deu um show no SporTV, mostrou que vê futebol de fato, ao contrário de boa parte dos comentaristas de lá, que mesmo ganhando pra isso não parecem ter qualquer interesse em assistir mais do que os campeonatos locais. Situações onde isso fica evidente surgem a toda hora, vide durante uma reportagem na semana passada em que um dos repórteres, acho que o Mauro Naves, informou que DIZEM que Daniel Alves era até mais importante para o Sevilla que Robinho para o Real. Jornalismo dez, hein? ____________________________________________________
Fora Muricy já foi dito por aqui até durante o Brasileirão do ano passado, mas hoje ele deu um show no SporTV, mostrou que vê futebol de fato, ao contrário de boa parte dos comentaristas de lá, que mesmo ganhando pra isso não parecem ter qualquer interesse em assistir mais do que os campeonatos locais. Situações onde isso fica evidente surgem a toda hora, vide durante uma reportagem na semana passada em que um dos repórteres, acho que o Mauro Naves, informou que DIZEM que Daniel Alves era até mais importante para o Sevilla que Robinho para o Real. Jornalismo dez, hein? ____________________________________________________
Marcadores: Copa América, Muricy Ramalho, SporTV
2007....
Segue um ano frouxo, em quase todos os sentidos.
As últimas cabines não ajudaram em nada, nessa pasmaceira que vivemos. Shrek Terceiro é o terror dos terrores, de longe o pior. O espirito pastelão que habitou o segundo filme voltou a dar mais espaço pra piadinhas experts, num filme sem a menor emoção. Quarteto Fantástico novo é decente, numa versão radicalizada do primeiro filme, uma autêntica comédia escrachada com uma cenas de ação no meio. Maior mérito do Tim Story é seu ordinarismo, ele nunca tenta dar um sentido a mais para as seqüências além do que elas são. Talentoso ele não é, mas um domínio de cena básico e minimamente imaginativo ele têm.
Entre os recentes, digno realmente de atenção apenas o Treze Homens. O Soderbergh é um mistério, já fez troços que beiravam a vergonha em tempos de cena, e faz um filme como esse, uma parada bem decupada, mesmo nos momentos onde a narrativa vai e vem. Eu não vejo nada de excepcional nesses filmes (o segundo e esse, o primeiro acho chato pra cacete), mas eles têm um tipo de sucesso que cativa, adaptaram um conceito de estilo pra si e fizeram dele o máximo. Mesmo que ele seja de certa forma mais do mesmo, ele não soa nem um pouco repetitivo.
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As últimas cabines não ajudaram em nada, nessa pasmaceira que vivemos. Shrek Terceiro é o terror dos terrores, de longe o pior. O espirito pastelão que habitou o segundo filme voltou a dar mais espaço pra piadinhas experts, num filme sem a menor emoção. Quarteto Fantástico novo é decente, numa versão radicalizada do primeiro filme, uma autêntica comédia escrachada com uma cenas de ação no meio. Maior mérito do Tim Story é seu ordinarismo, ele nunca tenta dar um sentido a mais para as seqüências além do que elas são. Talentoso ele não é, mas um domínio de cena básico e minimamente imaginativo ele têm.
Entre os recentes, digno realmente de atenção apenas o Treze Homens. O Soderbergh é um mistério, já fez troços que beiravam a vergonha em tempos de cena, e faz um filme como esse, uma parada bem decupada, mesmo nos momentos onde a narrativa vai e vem. Eu não vejo nada de excepcional nesses filmes (o segundo e esse, o primeiro acho chato pra cacete), mas eles têm um tipo de sucesso que cativa, adaptaram um conceito de estilo pra si e fizeram dele o máximo. Mesmo que ele seja de certa forma mais do mesmo, ele não soa nem um pouco repetitivo.
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